No século XVII, o rei inglês Carlos I foi decapitado e estabeleceu-se um regime republicano. Ao final do processo revolucionário, uma monarquia limitada pelo Parlamento selva um arranjo político que encerrava o regime absolutista na Inglaterra e promovia uma relativa tolerância politica e religiosa. Seus efeitos foram sentidos na Europa e na América inglesa.
Em 1776, a independência dos estados unidos, também provocou uma forte repercussão em todo o mundo ocidental, principalmente nas Américas, onde servia de modelo para as tensões e divergências entre colonos e autoridades metropolitanas. Serviria também de referencia para a organização do estado ao impedir a concentração excessiva de poderes.
Mas a grande referência para os movimentos políticos ocidentais a partir do século XVIII foi a revolução Francesa. Como afirmou o historiador britânico Eric Hobsbawm, A Revolução Francesa forneceu “ a ideologia do mundo moderno”.
Matriz simbólica das revoluções sociais, a França, que já estava associada ás ideias ilustradas (Iluminismo), forneceria, a partir de então, o vocabulário político (esquerda e direita, por exemplo, as imagens republicanas ( a bandeira tricolor), o modelo para o nacionalismo e passava a representar, como nenhum outro movimento, o conceito de Revolução. Mais uma vez nas palavras de Hobsbawm: “ A Revolução francesa é assim a revolução do seu tempo, e não apenas uma.”
A Revolução Francesa demarcou, como nenhum outro movimento, a transformação das referências a respeito de soberania. O absolutismo operara a transferência de atribuições da Igreja para o estado. O poder e a autoridade dos monarcas eram tidos como atributos conferidos por Deus. Tanto o direito divino, que justificava a soberania monárquica, quanto a própria soberania política seriam transformados no século XVIII. A soberania passaria a ser vinculada ao povo, á nação e ao conjunto de cidadãos.
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